quarta-feira, 17 de maio de 2023

Todas as obras aqui postada são de minha autoria e estão registradas na Biblioteca Nacional

Em Busca do Amor

 " O que é o Amor?   O que é o Amor?
   Onde posso encontrar o Amor?" Grita o homem pelas ruas, em desvarios de loucura...
 "Ali, logo ali", caçoa um grupo de jovens às gargalhadas, apontando para o mísero lupanar ao final da     rua, onde meninas esquálidas oferecem amor por alguns míseros tostões...
 "Será isto o Amor?" Vocifera o pobre homem embevecido de gozo e paixão...
   De um lado da rua, o casal de enamorados entregue em longos e ardentes beijos e abraços, a trocarem     juras eternas de amor... E de outro, a televisão na vitrine noticia, em rede nacional, o caso de um             homem que matou sua esposa "por Amor"...
  Bombas a mandarem pelos ares corpos despedaçados de jovens, que sacrificaram suas vidas em nome    do "Amor"...
 "Andando de um lado para o outro, tal qual uma fera enjaulada  e brandindo seu cajado contra os   transeuntes, a grunhir como um cão enfurecido, brada o homem: " o que fizeram com o Amor, seus   monstros? O que fizeram com o riso inocente da criança? O que fizeram da poesia?"...
 Um riso frenético toma conta do seu ser. Sente sua cabeça girar...
 A cidade vertical acercando-se, cada vez mais... cada vez mais...
 De repente, um estampido ... 
 O corpo do andarilho faz uma pirueta no ar e se estatela no chão...
 Um menino desce a ladeira, seguido por uma matilha de cães vadios, anuncia aos quatro ventos:  "O   louco morreu! o louco morreu!... Mataram o louco! 
 Estirado no asfalto, jaz o corpo do pobre louco, com os olhos fixos no infinito azul, e um sorriso   sereno  nos lábios...
 Em meio a multidão de curiosos que se aproxima, ouve-se alguém dizer:
 "Finalmente ele encontrou o Amor"...  
   
   
    
 

quinta-feira, 21 de julho de 2011

ORAÇÃO

Deus,
Não permita jamais,
Que eu perca a capacidade de me encantar
Com o sorriso e a alegria das crianças,
Com beleza de cada amanhecer.
Que meus ouvidos não se tornem surdos
Aos cantos dos pássaros, à melodia dos ventos,
Ao tamborilar dos pingos da chuva na janela.
Que eu possa sentir em minhas narinas
O perfume das rosas, toda vez que nelas pensar.
Que eu possa evocar os sabores da minha infância à cada noite de Natal.
Que a minha pele seja sensível às lânguidas carícias da brisa nas noites quentes de verão.
Que eu possa me permitir enlouquecer, como Esmália na Torre,
E mergulhar com a lua cheia nas profundezas do mar.
Que as portas que conduzem ao mundo mágico da minha infância
Permaneçam sempre abertas
Para que minha alma possa ir ao encontro da pureza, da fé e  da confiança sempre que estiver prestes a esmorecer.


Jandira T. Weber

Imagem: Google

Respeite os direitos autorais.


terça-feira, 24 de maio de 2011

Acalantos

Hum...hum...hum...
"Dromi minino
Dromi sinhozinho
Dromi, senão o Bicho TuTu vem te pegá
Dromi minino, que a noite vai arta
E tua mamama qué discançá"
Hum...hum...hummm...
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Sentada a um canto
Com o filho do seu Senhor nos braços
A escrava ama de leite, embalava em seus braços
O futuro de uma Nação
E neste doce acalanto, ninava também sua alma dilacerada
Em resignada servidão!


Jandira T. Weber

Imagem: Google

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segunda-feira, 23 de maio de 2011

Recordações

A luz tênue de um abajur
Um solo de jazz
A luminescência do Curaçau Blue
Uma nota de perfume no ar...
São apenas fragmentos do que restou daquela noite de amor!



Jandira T. Weber

Imagem: Google

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